O Rio Grande do Sul possui seis cidades no ranking nacional de empreendedorismo, medido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), com apoio da Endeavor. São elas: Porto Alegre (6º), Santa Maria (19ª), Caxias do Sul (36ª), Canoas (45ª), Pelotas (64ª), Gravataí (79ª).
A capital gaúcha melhorou o desempenho na lista das cidades top 10. Porto Alegre subiu da 9ª posição para a 6º no Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2022, que mede o desempenho do ano anterior. São Paulo (SP) segue em primeiro lugar, mas o estado paulista, que tinha cinco cidades nas primeiras colocações, tem agora apenas três. Em segundo e terceiro lugares estão Florianópolis (SC) e Curitiba (PR), consecutivamente.
Segundo a pesquisa, Porto Alegre se destaca em quatro indicadores: infraestrutura, acesso a capital, inovação e capital humano. Em infraestrutura aparece em 4º lugar, acesso a capital em 3º, inovação 9º, e ingressou no “top 10” em relação ao capital humano, ocupando o 9º lugar.
Dos 5.570 municípios brasileiros, participaram os 101 mais populosos na 6ª edição do levantamento. Ele é feito com base em dados de 2021 e tem como objetivo ser um raio-x do ambiente de negócios brasileiro.
“É nas cidades que os empreendedores começam sua jornada e, por isso, é também nas cidades que as mudanças devem começar. A administração pública municipal tem a seu favor a proximidade com o cidadão e o poder de resolver alguns dos problemas que afetam o empreendedorismo no curto prazo.”, aponta o estudo.
Categorias que cidades gaúchas se destacaram entre as 10 primeiras:
Infraestrutura de transporte e condições urbanas
PORTO ALEGRE – Se destaca em transporte interurbano e distância do porto mais próximo. Entre as 10 mais, Porto Alegre está na 4ª posição. O bom desempenho nesse item está relacionado à boa conectividade por rodovias, menores distâncias de portos e maior número de decolagens de avião por ano. É o caso também de amplo acesso à internet rápida, bom preço médio de imóveis por metro quadrado, custo de energia elétrica satisfatório e baixa taxa de homicídios (já que estudos mostram que o comércio é o principal grupo afetado pela violência e criminalidade). São Paulo (SP) lidera o ranking.
Mercado
CANOAS – A cidade é destaque na 3ª posição, com ênfase para seu ambiente competitivo. O índice avalia o poder de compra da população, o mercado consumidor e o alcance ao mercado externo. A diversidade de municípios com bom desempenho nessa área mostra que há cenários favoráveis em termos de economia de produção e de consumo em várias partes do Brasil. O ranking é liderado por Niterói (RJ).
Acesso a capital
PORTO ALEGRE – A capital gaúcha aparece na 3º posição. O capital para empreender no Brasil está disponível principalmente em grandes centros urbanos. As principais formas para empresários captarem recursos financeiros são: crédito bancário com juros (capital disponível via dívida); venda de uma parte do empreendimento para fundos de investimento (capital de risco); e poupança (capital poupado per capita). O melhor lugar é São Paulo (SP), centro financeiro do país.
Inovação
CAXIAS DO SUL E PORTO ALEGRE – Duas cidades gaúchas estão em destaque: Caxias do Sul (caiu de 2ª para 7ª) e Porto Alegre (9º). A inovação no Brasil não ocorre de forma homogênea em todas as cidades. É concentrada nas regiões Sudeste e Sul. Os municípios que se sobressaem são os que têm um bom percentual de profissionais mestres e doutores em ciência e tecnologia, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura tecnológica local e grande número de contratos de propriedade intelectual. Apesar dos bons resultados, o relatório traz um alerta: das 101 cidades analisadas em 2021, cerca de 80 não apresentam infraestrutura tecnológica, 44 não tem investimento em P&D e 29 tem uma baixíssima proporção de mestres e doutores em C&T. São Paulo (SP) também lidera este ranking.
Capital humano
SANTA MARIA E PORTO ALEGRE – O Rio Grande do Sul se destaca com Santa Maria em 3º e Porto Alegre em 9º. Os locais mais bem posicionados no ranking são os que dispõem de profissionais qualificados em mão de obra básica e especializada. Na lista que tem Florianópolis (SC) em 1º lugar.