As últimas semanas foram de boas notícias para a economia do Rio Grande do Sul: foram anunciados dois grandes investimentos – a instalação de uma fábrica de aviões em Guaíba e a construção de um data Center em Porto Alegre.
Além disso, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) fecharam uma parceria para liberar cerca de R$ 511 milhões para novos financiamentos de projetos alinhados à sustentabilidade no Estado.
A fábrica de aviões da Aeromot, que será instalada em Guaíba, representa um aporte inicial de R$ 300 milhões em investimentos e 1,3 mil empregos. A operação está prevista para iniciar em 2025. Além da fábrica, o projeto prevê a construção de uma pista de pouso e decolagem, hangares, centros de manutenção e engenharia. “A implantação do CTAero será um marco importante para a expansão dos nossos negócios e para a retomada do protagonismo aeronáutico no Rio Grande do Sul. Com este empreendimento, será possível desenvolver tecnologias e exportar os produtos e serviços com geração de renda e empregos para o Estado”, afirmou o presidente da Aeromot, Guilherme Cunha.
Já, em Porto Alegre, a Scala Data Centers, uma das maiores empresas do segmento no país, anunciou a construção de um centro de dados, com investimento estimado em R$ 250 milhões. A operação, que deve entrar em funcionamento até abril de 2023, será instalada na Avenida Pernambuco, 1.124, no 4º Distrito. O novo data center estará próximo de pontos de captação de dados, permitindo a operação de diversos serviços e aplicações que requerem baixa latência como, por exemplo, metaverso, internet das coisas, telemedicina, carros autônomos, entre outros, cuja implementação será acelerada pelo 5G.
Outra boa notícia para a economia gaúcha foi a assinatura do contrato entre o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Agência Francesa, no início desse mês, que prevê a liberação de 100 milhões de euros para novos investimentos no Sul, o que representa cerca de R$ 511 milhões. Os recursos serão destinados a financiar projetos alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), com destaque para a geração de energia com fontes renováveis e modernização dos sistemas de iluminação pública nas cidades.
O vice-presidente do Transforma RS, Daniel Santoro, considera que esses novos investimentos repercutem para além das fronteiras do Estado. “Esses anúncios aportam uma perspectiva de atratividade de negócios, investimentos e profissionais que ultrapassam fronteiras e emitem uma mensagem de que o Rio Grande do Sul é destino promissor para as novas cadeias econômicas do século 21. O Brasil e, em especial o RS vem ocupando importantes espaços na reorganização das cadeias econômicas pós-pandêmicas que buscam o nearshoring e o friendshoring. Além de sermos o sétimo país mais populoso do mundo, contamos ainda com uma posição protagonista em toda a agenda da América Latina”, salienta o empresário. Ele destaca a integração dos poderes públicos e iniciativa privada como um diferencial competitivo do Rio Grande do Sul. “A agenda de reformas desburocratizantes, instituídas pelas diferentes esferas públicas e a capacidade de perceber os efeitos positivos que novos investimentos geram nas respectivas comunidades, conjugam todos os agentes para gerar as melhores condições possíveis de atratividade, acolhimento e inserção dos negócios na sociedade gaúcha”, avalia o empresário.
Para Santoro, estas evoluções não seriam possíveis sem uma (nova) governança pública e privada, buscando a incorporação dos diferentes pontos de vista, restrições, responsabilidades, necessidades e expectativas. “É neste sentido que o Transforma RS busca aportar o conhecimento do setor privado a serviço do desenvolvimento integrado de nosso Estado – conciliando questões Econômicas, Ambientais, Sociais e de Governança. Conscientes da complexidade que é governar um Estado como RS, buscamos aportar o que cada ente possui de melhor”, destaca.