RS é o segundo Estado mais visitado por turistas estrangeiros

Estiveram no território gaúcho quase 500 mil visitantes, no ano passado, ficando atrás apenas de São Paulo, segundo dados do IBGE. Os setores público e privado no RS trabalham, neste momento, para tornar o turismo estratégico para o desenvolvimento econômico e social.

O Rio Grande do Sul foi o segundo Estado brasileiro mais visitado por turistas estrangeiros no ano passado, com quase 500 mil visitantes, ficando atrás apenas de São Paulo. Já para as viagens nacionais, o Estado ficou em quinto lugar, depois de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. O levantamento é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, que monitora informações básicas sobre o turismo doméstico.

O cenário é comemorado por lideranças do setor. “O turismo foi um dos setores mais atingidos durante a pandemia e agora ressurge como um grande potencial de estar entre as três maiores economias do Estado, despertando as lideranças e sensibilizando a população”, destaca a vice-presidente do Transforma RS, Gabriela Schwan Poltronieri, que lidera esse eixo de atuação da instituição.

No Rio Grande do Sul, conforme Gabriela, os setores público e privado, as associações e lideranças empresariais e políticas trabalham, neste momento, para convergir o turismo em um único propósito, ou seja, torná-lo estratégico para o desenvolvimento econômico e social.

“Estamos mobilizando diversos grupos e hubs colaborativos. O Transforma RS lidera, neste momento, um projeto de turismo para torná-lo uma política de Estado de longo prazo”.

Vice-presidente do Transforma RS, Gabriela Schwan Poltronieri

Para o secretário estadual de Turismo, Rafael Ayub, a soma de esforços privados e públicos tem estimulado o crescimento. “Os empreendimentos amadureceram bastante nesse período de pós-pandemia e têm sido vistos como um negócio, que geram empregos, renda e trazem desenvolvimento e valor agregado. O turismo é transversal, conversa com várias áreas, como meio ambiente, cultura e agricultura”, afirma.

“Os empreendimentos amadureceram bastante nesse período de pós-pandemia e têm sido vistos como um negócio, que geram empregos, renda e trazem desenvolvimento e valor agregado. O turismo é transversal, conversa com várias áreas, como meio ambiente, cultura e agricultura”, destaca.

Quase 40% dos entrevistados da pesquisa disseram que ficaram no destino de dois a três dias. O gasto médio com a diária foi de R$ 243.

Mapa do comportamento do turista

O governo do Estado, em parceria com o Sebrae RS e o Wine Locals, lançou, no dia 18 de julho), o Mapa de Comportamento do Turista e a 3ª edição da feira virtual Viva o RS. As ações, que têm o objetivo de fomentar o turismo no RS, foram a apresentadas em evento no Palácio Piratini.

O mapa identifica as oportunidades e dá a base aos players de turismo para definirem melhores estratégias para conquistar mais visitantes, por meio do direcionamento da oferta turística no Estado. O conteúdo foi construído sob a ótica das principais motivações de consumo de turismo, destacando os pontos de interesse para o público local, regional, nacional e internacional. O ”mapa do comportamento do turista, irá possibilitar que o Estado e as empresas consigam identificar as personas do turista e o que esperam encontrar nos destinos. Pela primeira vez, temos fatos e dados para atuar em destinos, produtos e receptivos de forma planejada”, comemora Gabriela.

A metodologia utilizada na elaboração do conteúdo traçou 12 perfis macro de turistas que visitam o RS, desdobrados em 34 personas e 46 motivações. Cada um é apresentado com exemplos reais de manifestações nas redes sociais, facilitando a compreensão por todas as partes, em especial dos operadores de turismo para compreensão de seus públicos.

Já, com a intenção conectar os turistas com as atrações e experiências no Rio Grande do Sul, a 3ª edição da feira Viva o RS vai ofertar 300 destinos por meio da plataforma www.vivaors.com.br, que conta com um assistente digital de viagens. A ferramenta, que oferece dicas e sugestões personalizadas de acordo com o perfil de cada visitante, é organizada por regiões e estilos de viagem e ficará no ar até janeiro de 2023. A primeira etapa para inscrições das experiências e roteiros turísticos para serem promovidos no Viva o RS é dia 25 de julho. O prazo final é 1º de outubro.

O diretor-superintendente do Sebrae no RS, André Godoy, falou sobre as consequências da covid-19 no setor. “Foi um período devastador, onde o trade turístico foi muito impactado. Entretanto, estamos vivendo um momento de reestabilização, onde é previsto um crescimento de 17% em dois anos. Atualmente, 109 mil empresas fazem parte da cadeia produtiva do turismo no RS. Essa parceria com o governo nos anima para seguir trabalhando para recuperar e alavancar ainda mais o setor”, disse.

O próximo passo, conforme o secretário de Turismo do RS, Raphael Ayub, é visitar as regiões do Estado e realizar workshops, entre agosto e dezembro deste ano, onde o mapa será apresentado para entidades, órgãos públicos e demais interessados. “Estamos trabalhando com o mercado de fato, como o turista quer comprar e não como o Estado e regiões querem se vender. A ideia é inverter a lógica e analisar os dados e adotar comportamentos sob a ótica da demanda, e não da oferta”, enfatizou.

Turismo corporativo avança

O segmento encerrou o primeiro semestre de 2022 com bons resultados para o mercado de eventos e viagens corporativos, e projeta números também positivos para os próximos meses.

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) aponta que o turismo corporativo faturou, somente no mês de maio, R$ 1,093 bilhão em relação a abril – mês que já havia sido positivo, com uma movimentação de quase R$ 875 milhões- um crescimento de 25%, evidenciando a recuperação registrada desde o início do ano.

Apesar do impacto positivo no faturamento, esse aquecimento do turismo corporativo não seguiu a mesma proporção no número de tíquetes emitidos, em comparação com o ano de 2019. “Nós estamos com um tíquete menor ainda de emissão. Isso não só no internacional, mas também no mercado doméstico. Em maio, nós fechamos ainda 35% abaixo em número de bilhetes emitidos”, explica Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp.

Para a vice-presidente do Transforma RS, Gabriela Schwan Poltronieri, o turismo de lazer vem avançando e superando barreiras, inclusive na área corporativa. “Com as restrições da pandemia e as perdas trazidas por ela, as pessoas se deram conta que devem aproveitaram mais a vida. São pessoas sedentas por turismo de lazer, diversão e entretenimento”, disse.

Desta forma, segundo Gabriela, a realidade do trabalho híbrido impulsionou a hotelaria de negócios, com pessoas estendendo suas estadias para conhecer um pouco o destino e mesclar o trabalho com lazer. Outro ponto, relatou, é que apesar do trabalho híbrido ser a realidade de muitos, os grandes eventos têm começado a retornar e as pessoas querem ir presencialmente para fazer conexões e se atualizarem das novidades.

Fontes:

Governo do Estado do RS

Sebrae-RS

Jornal do Comércio

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