A região Sul já conta com o UCSGraphene, a primeira e maior planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina sediada em Caxias do Sul (RS). A fábrica, vinculada à Universidade de Caxias do Sul, é resultado de 17 anos de pesquisas avançadas na área de nanomaterais.
O grafeno é um nanomaterial com estrutura hexagonal de átomos de carbono, considerado um dos materiais mais fortes e leves do mundo, tido como 200 vezes mais resistente que o aço. Possui alta resistência mecânica, maleabilidade a alta condutividade térmica e elétrica.
O Brasil tem a segunda maior reserva mundial da grafita, matéria-prima do grafeno, e é atualmente o terceiro maior fornecedor mundial do produto. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações estima que, nos próximos cinco anos, o grafeno deve movimentar mais de US$ 3 bilhões.
Saiba mais sobre o Grafeno
O grafeno é uma das formas alotrópicas do carbono, assim como o diamante, o carvão e o grafite, do qual é oriundo, caracterizando-se pela organização hexagonal dos átomos. Foi isolado pela primeira vez em 2004, na Inglaterra, pelos cientistas Andre K. Geim e Konstantin S. Novoselov, pesquisa que ganharia o Prêmio Nobel de Física em 2010.
Caracteriza-se por ser um material de elevada transparência, leve, maleável, resistente ao impacto e à flexão, excelente condutor térmico e elétrico, entre outras propriedades.
O grafeno é o material mais leve e forte do mundo (200 vezes mais resistente do que o aço), superando até mesmo o diamante. Uma folha de grafeno de 1 metro quadrado pesa 0,0077 gramas e é capaz de suportar até 4 kg. Também é o material mais fino que existe (da espessura de um átomo, ou 1 milhão de vezes menor que um fio de cabelo).
Como material de alta engenharia, o grafeno é um dos principais recursos da atualidade em nanotecnologia, sendo utilizado na produção de telas e displays LCD, touchscreens, componentes eletrônicos com altíssima capacidade de armazenamento e processamento de dados, baterias de recarga instantânea, entre outros.