A CMPC, indústria chilena de celulose com atuação no Rio Grande do Sul, anunciou o investimento de R$ 2,75 bilhões em ações de sustentabilidade na sua unidade de Guaíba.
O aporte deve gerar 7,5 mil novos postos de trabalho durante os 26 meses de implantação do projeto. As obras começam no mês que vem.
Batizado de Bio CMPC, o programa prevê alinhar sustentabilidade, ESG e eficiência. Impactos mensurados apontam para a eliminação de 473 toneladas de CO2 e redução de 10% no consumo de água.
Saiba mais sobre o Bio CMPC
“O BioCMPC é uma proposta que demonstra práticas robustas de ESG (sigla para Environmental, Social and Governance). Estamos ampliando ainda mais nossa performance, reduzindo a possibilidade de ocorrência de eventos que geram incômodos a comunidade e adotando as melhores estratégias de governança socioambiental. Com a iniciativa, teremos um avanço significativo da performance, tendo como base a melhoria no monitoramento e controle de pontos sensíveis da operação industrial. Com esses cuidados, vamos nos tornar uma das unidades produtoras de celulose mais sustentáveis do país em vários parâmetros, e ainda qualificar nosso desempenho operacional, a ponto de aumentar a capacidade produtiva em 18%”, explica o CEO das Empresas CMPC, Francisco Ruiz-Tagle.
Durante as obras
No BioCMPC, as obras de implantação também serão sustentáveis. Além da utilização de mão de obra e fornecedores locais, evitando a migração de pessoas de fora, não haverá canteiro de obras na área de empresa, ou seja, a estrutura será instalada em local distante da unidade industrial para não gerar transtornos as comunidades vizinhas. Outro fator importante é que a mobilidade urbana da região não será afetada. Todo acesso de pessoas, máquinas e equipamentos será feito pelo acesso privado da empresa junto à BR-116, não gerando, portanto, nenhuma interferência no trânsito local. Os horários de obra também serão diferenciados, com atividades ocorrendo de segunda à sexta, das 8h às 18h. Não haverá obras no período noturno, nos finais de semana e nos feriados. Além disso, todos os resíduos gerados na construção serão reaproveitados e transformados em novos produtos. Medidas de controle serão implementadas para que não haja alterações ambientais na vizinhança.
“Antes a sociedade esperava que as empresas trabalhassem para reduzir seus impactos. Hoje em dia isso é apenas o ponto de partida. No século XXI a sociedade espera que as empresas não gerem problemas e ainda ajudem a sociedade a superarem seus próprios desafios. E é isso que estamos fazendo. Basta considerarmos que a pandemia agravou os índices de desempego, e o BioCMPC vai ajudar fortemente na criação de novas oportunidades de trabalho. Outro desafio de toda a sociedade está relacionado aos gases de efeito estufa. Nesse caso, além das nossas florestas que já sequestram milhares de toneladas de carbono, eliminaremos uma fonte de energia não renovável e vamos instalar uma nova caldeira de recuperação para produção de energia 100% limpa. Ações como essas são posturas esperadas das empresas do século XXI, e estamos liderando este processo no setor de celulose no país. Queremos realizar obras sustentáveis”, pontua o Diretor Geral da CMPC no Brasil, Mauricio Harger.
Referência Nacional
As 31 medidas que compõem o BioCMPC trarão grandes contribuições em produtividade e sustentabilidade não somente para a unidade de Guaíba, mas para o setor de celulose, uma vez que a planta se tornará referência em diversos temas relacionados a meio ambiente.
Uma das ações é a revisão e repotencialização do sistema de coleta de gases, tornando-o ainda mais eficaz. Com isso, a planta da CMPC no Brasil terá o melhor sistema de tratamento de gases dp setor no país e um dos melhores do mundo. Outra medida que contribuirá com os indicadores de meio ambiente é o desligamento da caldeira de força à carvão, que também posicionará a unidade nos menores níveis de emissões atmosféricas das indústrias do setor no Brasil.
A planta de Guaíba já é referência mundial em economia circular, reciclando 100% dos resíduos sólidos oriundos do processo industrial. Com as medidas do BioCMPC, a empresa continuará sendo uma empresa zero resíduos, mas diminuirá consideravelmente o volume de material gerado (composto químico originado na caldeira de recuperação) e eliminará 100% os resíduos de cinzas.
De forma pioneira no Brasil, a CMPC vai lançar o Centro de Controle Ambiental, um espaço voltado a acompanhar de forma online a performance ambiental da empresa. Será um local com tecnologia de ponta para gestão dos indicadores e performance ambiental de nossa operação.